As qualidades de um bom arquiteto
O profissional deve ter compreensão não só da sua área, mas também possuir capacidade para perceber outros detalhes.
Antes de ingressar na graduação de Arquitetura e Urbanismo na Unisinos, imaginava que o curso se resumia a ensinar ao aluno a arte de projetar edificações e também desenvolver a volumetria do prédio em questão. Durante os anos que passei na universidade, aos poucos, fui entendendo que a arquitetura envolvia muito mais do que isso. Quanto à parte técnica, desenvolvemos o conhecimento relativo ao projeto elétrico, aprendemos a dimensionar a estrutura (fundações, vigas, pilares), projeto hidrossanitário, detalhamentos técnicos de coberturas, esquadrias, etc.
Em um segundo momento, no período em que trabalhei em um escritório de outro profissional, já percebi que muita coisa eu só aprenderia na prática, no mundo real. A partir desta percepção, passou a ser muito importante lidar, por exemplo, com questões burocráticas que envolvem as aprovações de projetos junto aos órgãos legais, tais como as Prefeituras Municipais. Tudo o que projetamos está intimamente ligado aos Códigos de Obras e Planos Diretores. Qualquer erro pode ser muito prejudicial para profissional e cliente.
Mais adiante, quando meu sócio Fausto e eu fundamos nosso escritório, tive que aprender a conversar com o cliente. Este relacionamento é crucial para a compreensão das suas necessidades. Precisamos escutar a pessoa, para materializarmos o desejo dela no projeto. Não é rara a oportunidade onde nem mesmo o cliente sabe o que ele quer exatamente. Neste momento, entra nossa sensibilidade.